quinta-feira, 14 de junho de 2012

Democracia

 Foto: Fabiano Trichez

A democracia é um sonho que se tornou realidade e por isso nos desaponta, saídos da ditadura entramos na bem vista "Era democrática". Seja como for, justa ou injusta, plena ou não – é assim que a denominamos. Para os incontentes, a melhor justificativa é que no final a culpa sempre é do voto. Votar é o nosso exercício de cidadãos. Lutamos contra diversas injustiças, mas a culpa eterna é escolher um candidato. Somos livres para escolher (mas só a cada quatro anos). Se quisermos algo podem ser milhões de assinaturas, greves, marchas e afins – tudo pouco mexe no queijo da política. Evidentemente, que isso provém do nosso voto errado. Aliás, eu sempre voto errado. E meu erro termina em contas para salário, financiamento e projetos (ou pizza). E é claro que a culpa é minha da minha má escolha, do meu mau voto. A moda política do momento são os projetos, temos projetos de direitos, projetos de alimentação e projetos para a saúde. Todos projetados para um futuro indeterminado. Porém, direitos são poucos e democracia também. Hoje, vivemos a era do (sofá)tivismo onde curtir e compartilhar são as nossas "liberdades de expressão" limitadas a revoluções que não saem da tela do computador. E é de forma manifesta que exercemos a nossa “liberdade” democrática a quatro anos votando e assistindo televisão.

Mayara Floss

Um comentário:

  1. Eu tenho uma teoria:

    Imagine que o Sistema seja um carro quebrado. Os dois poderes, executivo e legislativo, são como motorista e o carona, que atua como uma espécie de co-motorista (?) (ou seria co-piloto, enfim).

    Então nós votamos e votamos e votamos (eu prefiro a palavra apostamos), e o motorista, seja ele competente ou não, aperta no acelerador, mas o carro não anda, porque não adianta.

    O carro está quebrado e nunca vai andar.

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