segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ano novo


Foto: Fabiano Trichez

Os finais de ano, a despeito do verão, são todos chuvosos. Durante a comemoração já foram armadas barracas, feito tendas, e claro, tomado vários banhos de chuva. Em geral reza-se para não chover, reclama-se quando chove, e beija-se quando virar o ano em baixo da chuva. Porque se não for água, será champanhe.

Nos finais de ano, pelo instante de virar, enquanto ocorre a tão esperada contagem regressiva, tudo se acalma, todos se abraçam, tudo é perdoado (até o próximo ano começar). E os fogos de artifício fazem alguns sorrirem, crianças chorarem, cachorros ladrarem. Deve ser por isso que entre estampidos de garrafas estourando, rolhas voando, e pessoas cantando “Adeus ano velho e feliz ano novo” você olha para o céu, limpo ou não, com fogos de artifício, e apenas respira os ares iguais ao ano anterior, só que no ano novo.

Depois de toda a comemoração, choro, risos e perdão. Vão todos dormir, e é no silêncio da madrugada depois de todo o cansaço é que a mágica acontece. Você percebe que as pessoas só envelhecem no ano novo. E renascem com a mudança no calendário.

Mayara Floss

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...